segunda-feira, 30 de julho de 2007

Examinando Achados Arqueológicos

Saudações, senhoras e senhores.

A imagem ao lado mostra o exame/aula, realizada pelo doutor em arqueologia, Prof. Spencer, sobre duas peças, achados de relevante valor arqueológico.

Uma delas (a que está nas mãos do guia de nosso grupo) é um pedaço de "raspador", artefato lítico utilizado pelos homens primitivos para rasparem/descascarem certos tipos de alimentos como a mandioca, por exemplo, bem como na raspagem de couro e/ou trabalho em madeira. Este "raspador" em questão não possui as extremidades (pontas).

O segundo artefato lítico (ao chão) é conhecido como "batedor" e crê-se que fora utilizado pelos povos indigenas arcaicos para inúmeras finalidades, as quais variam desde a defesa/ataque (contra animais e/ou individuos de tribos/povos adversários) até no preparo de alimentos (quebrando, triturando, etc).

Primeiramente, as peças devem ser analizadas dentro de um contexto. Uma achado arqueológico, seja ele qual for, jamais deve ser removida de onde fora encontrada, pois isto pode prejudicar tanto a integridade dapeça quanto o contexto existente em sua localização. Neste caso em especial, não havia contexto entre a peça e o local onde fora encontrado (foram achados relevantes, é verdade, mas encontrados fora de um contexto arqueológico), por isto estas peças puderam ser removidas para uma elucidação dos alunos que participaram deste achado.

"Segundamente", todos os integrantes de uma equipe arqueológica devem ter cuidado onde transitam e devem ter, também, olhos bem abertos, tanto para as informações existentes quanto para as inexistentes. Ao andar, deve-se ter o cuidado para não pisotear artefatos arqueológicos nem estragar o contexto do ambiente. Deve-se ter olhos bem abertos para não deixar passar nada, geralmente as "migalhas" encontradas levam direto ao pedaço do "pão" que procuramos...

Em campo existem dois tipos de informações que podem ser coletadas por um arqueólogo experiente: as informações existentes no sítio arqueológico e as inexistentes. Ex: o tipo da vegetação, o relevo, a existência de locais propícios à obtenção de alimentos (caça e/ou pesca), a existência de indícios de fogueiras, pedras de formações geológicas que não pertencem ao local onde foram encontradas, fontes de água potável, a geomorfololia... A presença ou a auxência destes sinais diz exatamente qual a provável relação que os homens primitivos tinham com o local em questão.

Bem... não sou a melhor pessoa para dar estas informações, mas como a ultima palavra está longe de ser dada, podemos contar com a ajuda de livros e de especialistas, como o Prof. Doutor Spencer e seu ex-aluno, amigo e colega de profissão, Prof. Abrahão.

Observem os comentários e fiquem ligados nas novidades.

Um comentário:

Anônimo disse...

A existência de um blog como este é de extrema necessidade em nosso meio, seja ele acadêmico, e principalmente entre os alunos no Ensino Fundamental I e II, bem como no Ensino Médio.
Há uma lacuna em nossa história que só será devidamente sanada com a divulgação de trabalhos como esses.